quinta-feira, 23 de outubro de 2014

"DIAS DA MEMÓRIA"

É um projeto europeu em que  é parceiro o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa; está a criar um banco de histórias familiares relacionadas com a guerra de 1914-18.



O apelo está feito: quem tem objetos, deve contactar
memoriasguerra@portugal1914.org

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Fiscalidade "verde"

O novo Orçamento de Estado para o próximo ano prevê nova taxa sobre os combustíveis, sobre os sacos plásticos e os recursos hídricos. Este dinheiro é destinado ao alívio do IRS.
Cada saco de plástico terá uma taxa de 8 cêntimos + IVA, passando a custar 10 cêntimos para o consumidor.
Cada português gasta, em média, por ano, 466 sacos de plástico e espera-se que esta medida reduza o consumo para um máximo de 50 sacos por pessoa em 2015.
Das receitas resultantes desta cobrança, 85% irão para o Estado e 15% para o Fundo de Conservação da Natureza e Biodiversidade.

sábado, 18 de outubro de 2014

Prémio LeYa 2014 atribuído ao romance «O Meu Irmão», de Afonso Reis Cabral

Ficou em 8.º lugar num concurso europeu de grego antigo, lançou um livro de poesia aos 15 anos. Revê textos e estuda literatura. É trineto de Eça de Queirós, mas recusa carregar o peso dessa influência.
A frase do pai tem anos e não sai da memória: "Hoje nasceu um escritor." Guarda-a como um elogio e assume, sem reservas, que o seu futuro passa pelas palavras. "A minha vocação é escrever." Aos 15 anos, Afonso Reis Cabral lançou um livro de poemas no auditório do Clube Literário do Porto. A casa encheu-se com a família. Baptizou a obra de 90 páginas de Condensação. Uma compilação de poemas escritos entre os 10 e os 15 anos, que não falam de amor e com prefácio da professora de Português. O que se escreve nestas idades? "Ingenuidades, mas escreve-se com paixão. Nessas idades, a poesia é mais um mistério do que outra coisa qualquer", responde. "Nunca falei de amor, é um tema demasiado confessional." Foi a primeira aventura literária. E o que passeia no cérebro ou circula pelo coração e esbarra no papel? "O início é um momento que depois é elaborado. Acabo por não ter um tema, uma trave mestra", explica. O que escreve? "Num impulso de mim, salto fora do ser e sou noutro lugar balada nocturna cantando à janela do meu antigamente." É uma das frases da fase pós-15 anos.
Confessa que, há alguns anos, abrir um livro exigia cuidado, delicadeza. "Colocava-o num determinado ângulo para não estragar." Agora não há ângulo que resista. Usa e abusa dos livros. "Rabisco, dobro as páginas e, por vezes, a lombada desfaz-se." Escreveu Como Lidar com Um Livro e aí diz com todas as letras que os livros não são sentimentais. "Se não se dá bem com eles, a culpa é sua." "Todos os livros cheiram, sobretudo, a sussurro. Sussurro de onde sai uma réstia de vento que é um verdadeiro vendaval", escreve. "Depois há aqueles mais novos que são um rol de inocência, pouco se vê, pouco se sabe, pouco se perscrute, mas todo o corpo é percorrido pela vitalidade dos sentidos. Nos vincos dos livros mais velhos cheira-se a vida e vê-se uma sala com todos os seus cantos e ouvem-se mesmo as conversas levadas ao som da música", acrescenta.
Afonso está agora a caminho da prosa, a reformular ideias, a redefinir objectivos, a amadurecer antes de uma nova aventura pelos caminhos da escrita. Está numa fase de introspecção. "Quero seguir com mais apoio. Com ingenuidade, com mistério, com descoberta, quero tentar evoluir." "Tento ser disciplinado na escrita e dentro da minha cabeça escrevo todos os dias." É trineto de Eça de Queirós por parte do pai. "A angústia da influência? Tento combater isso." E não dá hipótese. "O meio familiar é um ponto de partida e o Eça lá está. O mais importante é o esforço no estudo, na escrita", assegura. Escreve por gosto, ora essa.
 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

PRÉMIOS NOBEL 2014

Prémio Nobel da Paz

Malala Yousafzai thumb pictureKailash Satyarthi thumb picture
 
"pela sua luta contra a opressão infantil e pelo direito de todas as crianças à educação"
 

Prémio Nobel da Literatura

Patrick Modiano
"pela arte da memória com que os mais trágicos destinos humanos e revelou o submundo da Ocupação"


mais informação em
 http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/lists/year/index.html?year=2014&images=yes

terça-feira, 7 de outubro de 2014

"O Organista", novo conto de Lídia Jorge, apresentado no "Escritaria" 2014 , em Penafiel

Como a própria definição o diz, o vazio é um lugar onde não existe nada mas no interior do qual se espera que venha a acontecer tudo. Não admira, pois, que o vazio, cansado da monotonia abissal de não possuir coisa alguma dentro de si, um dia tenha chamado o órgão. E o órgão veio, com seus quatro mil tubos de metal e as suas quatro fileiras de teclas, e ficou a dançar no vazio, oscilando de um lado para o outro.

Só que o órgão e o vazio eram duas coisas distintas, uma dentro da outra, e as duas não produziam nada. Então, o órgão e o vazio juntaram-se  e chamaram (...)

fragmento de " O Organista"

São "nerds dos cogumelos" e criaram protótipo para produção optimizada

Produzir quatro vezes mais cogumelos gastando menos 20%. Óscar Pinto e Simão Morgado vão apresentar em breve os primeiros produtos de um projecto que quer, no futuro, conquistar os mercados gourmet e medicinal, que juntos representam um negócio anual de três mil milhões de euros
Texto de Mariana Correia Pinto • 03/10/2014

Confessam-se "nerds dos cogumelos" e foi o fascínio (e o "apetite insaciável") por este fungo que os trouxe até aqui. Óscar Pinto e Simão Morgado, micro-biólogos de 31 anos, estão a desenvolver um projecto que quer aliciar os produtores de cogumelos com uma pergunta: e se fosse possível aumentar a produção até quatro vezes diminuindo os custos até 20%? O Melus deve acabar o primeiro protótipo de um dos seus produtos já em Novembro e com ele começar a cumprir um desejo antigo: "Democratizar a produção de cogumelos e torná-la mais acessível."
  
A ideia de "acrescentar valor ao cogumelo" é antiga. Óscar lembra-se de ser ainda um "amador" no assunto — antes de entrar na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica — e já se interessar pela matéria. Quando sentiu que o número de projectos e a curiosidade à volta deste alimento (com propriedades medicinais) estava a aumentar, decidiu que era altura de fazer alguma coisa. Com o colega de curso Simão Morgado (e outro parceiro, que entretanto abandonou o projecto) começou a desenhar o Melus: "Queremos desenvolver o mercado português não só em termos de consumo mas também em termos de produção", explicou Óscar Pinto.
  
Oportunidade de negócio: há uma "falta de conhecimento técnico" e "ausência de programas de melhoramento genético de cogumelos em Portugal", identificaram os dois jovens, que durante seis meses participaram com mais 16 finalistas na terceira edição do Programa de Aceleração de Startups do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).

"Os métodos de produção que os novos produtores utilizam são tradicionais, com pouca produtividade quando comparados com métodos mais modernos", explicaram ao P3. Exemplo prático: "O que está agora em voga são os cogumelos shiitake ("Lentinula edodes"). Como são, normalmente, produzidos em tronco, têm uma eficiência biológica [capacidade que o fungo tem de transformar a matéria em cogumelo] de 20%. O que estamos a tentar é que essa eficiência seja de 80%."
  
Solução amiga do ambiente
Já em Novembro, na Feira Internacional de Lisboa, Óscar e Simão contam apresentar o primeiro protótipo de um dos produtos que vão disponibilizar: um fardo de produção de cogumelos de 20 kg, que é uma espécie de "tronco artificial de produção". Esta solução — que está agora em fase de teste com dois produtores e parcerias com organizações produtoras e associações de desenvolvimento rural — não só é mais produtiva como é "melhor em termos ambientais": "Enquanto o cultivo em troncos requer o abate de árvores, o nosso produto pode usar resíduos agrícolas e florestais para produzir ainda mais cogumelos do que o tronco originalmente produzia."
  
Pequena aula de Biologia: "Os cogumelos estão dentro do reino dos fungos, dentro desse reino há diferentes espécies que têm diferentes estirpes", explica Óscar Pinto para acrescentar: "Nós tentamos potenciar a genética dessas estirpes através da formulação do substracto onde elas crescem. Por outro lado temos o intuito de desenvolver em termos laboratoriais estirpes mais produtivas ou que tenham uma característica x, y ou z."
  
Os micro-biólogos querem fazer dos produtores os "clientes principais" ("não estamos a pensar, pelo menos para já, vender o cogumelo em si"). "O que nós vendemos são meios de produção e estirpes optimizadas", diz Simão Morgado, acrescentando que a consultoria, formação e apoio à produção e melhoria do desempenho fazem também parte dos planos. As soluções que a Melus vai apresentar vão permitir "entrar nos mercados do gourmet e medicinal", ramo que "representa neste momento um negócio anual de três mil milhões de euros", revelaram esta semana no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), durante o Startup Pitch Day da UPTEC, que acabou por eleger como vencedora a empresa de serviços de teste de "software" Crowbar

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Lemos na imprensa


53,6 milhões  - Valor que o Ministério da Educação paga em refeições escolares no ano de2014


3 milhões - Número de idosos que irão existir em Portugal em 2060, quase mais um milhão do que atualmente


IN "Visão" nº 1126, de 2 a 6 de outubro de 2014





quarta-feira, 1 de outubro de 2014

HOJE É O DIA MUNDIAL DA MÚSICA

O primeiro dia de outubro é oficialmente o Dia Mundial da Música.
O Dia Mundial da Música foi instituído em 1975 pelo International Music Council, uma organização não-governamental fundada em 1948 sob o patrocínio da UNESCO. Pretendia-se, assim, promover os valores da paz e da amizade por intermédio da música.